domingo, 5 de dezembro de 2010

O Palmeiras representa a Seleção Brasileira


Da esquerda para direita: Valdir. Servílio. Julinho. Waldemar. Ademir da Guia. Djalma Dias. Djalma Santos. Rinaldo. Ferrari. Dudu. Tupãzinho 
No dia 7 de setembro de 1965, o Brasil parou e concentrou todas suas atenções para Belo Horizonte. Estava sendo inaugurado o Estádio Magalhães Pinto, o “Mineirão”. Obra corajosa, vanguardista, imponente, um dos melhores estádios de futebol do mundo, com capacidade para mais de 100 mil espectadores. Para coroar os festejos da inauguração, organizou-se um amistoso entre a Seleção Brasileira e a do Uruguai e, pela primeira vez na história do futebol brasileiro, uma equipe de futebol, a Sociedade Esportiva Palmeiras, foi convidada para compor toda a delegação, do técnico ao massagista, do goleiro ao ponta-esquerda, incluindo os reservas. Uma primazia única em reconhecimento à melhor equipe do País, que vencia a todos os adversários e convencia, encantava de tal maneira que recebeu da imprensa e do povo a alcunha de “Academia de Futebol”. 

Ficha Técnica: 

Brasil [Palmeiras] 3 x 0 Uruguai 

Brasil [Palmeiras] 
Valdir de Moraes (Picasso); Djalma Santos, Djalma Dias e Ferrari; Dudu (Zequinha) e Valdemar (Procópio); Julinho (Germano), Servílio, Tupãzinho (Ademar Pantera), Ademir da Guia e Rinaldo (Dario). 

Uruguai 
Taibo (Fogni); Cincunegui (Brito), Manciera e Caetano; Nuñes (Lorda) e Varela; Franco, Silva (Vingile), Salva, Dorksas e Espárrago (Morales). 

Árbitro: Eunápio de Queiroz; Data: 07/09/65 - Local: Estádio Magalhães Pinto, em Belo Horizonte (MG) - Público: aproximadamente 80.000 pagantes - Renda: Cr$ 49.163.125,00 - Gols: Rinaldo, aos 27, e Tupãzinho, aos 35 minutos do primeiro tempo. Germano, aos 29 da etapa final. 

Obs.: Havia uma taça em disputa, mas ao final da partida o Palmeiras, entendendo que o troféu pertencia de direito à CBD, pois estava apenas representando-a, deixou o mesmo com a Comissão Organizadora e retornou à São Paulo. 

Vinte e três anos depois, em 1988, descobriu-se que o troféu continuava no Mineirão, pois a CBD também não havia requisitado o troféu e assim ficou decidido pelas partes que o Palmeiras deveria honrosamente ficar com o mesmo e que hoje está exposto na Sala de Troféus da Sociedade Esportiva Palmeiras.



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